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segunda-feira, 19 de julho de 2010


Monotonia



Tudo era tão normal...
pro anormal
que a minha vida sempre foi.
...
Meus pensamentos,
nunca totalmente em paz,
seguiam seu rumo comum.
...
Mas não imaginava...
nem tinha como presumir,
tamanha confusão.
...
Ninguém há de saber,
a força do olhar,
naquela ilustre ocasião.
...
De certo,
não era correto,
nada de perfeito.
...
Com o coração insensível,
por batalhas travadas outrora,
decididamente enfrentei o presente.
...
Inconsequentemente,
palavras vomitei,
tomada por enorme náusea sentimental.
...
Eu já sabia o que era aquilo,
mas os sintomas, nem sempre iguais,
me confundiam incertamente.
...
Até tentei fugir,
omitir,
fantasiar...
...
Nada dera certo.
...
Fui de encontro...
a colisão foi forte,
destroçou o que já era remendado.
...
E de tudo fiz,
a fim de reconstruir o derrubado,
de prosseguir...
...
Mas a dor,
do inalcancável, incessantemente,
acompanha-me.
...
E uma saudade imensa,
do que nunca tive,
perdura.

[Marinella Quinzeiro]


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