(: Sirva-se!

sábado, 17 de setembro de 2011

                                       
Mundo desconhecido

Longe daqui,
bem distante
onde nada pode me achar.

Vou parando em lugares
cada vez mais estranhos
e ao mesmo tempo, familiares.

Como se uma fina película 
me separasse da realidade,
e só;

É uma verdade incrível,
o real,
indiscutivelmente.

Aqui, 
tudo pode acontecer,
e é incrivelmente imprevisível.

As vezes chegam mensagens,
que quero entender,
parecem sinais.

É como um alívio pra alma,
uma limpeza mais que profunda,
um banho de indefinição.

E eu não sei se isso vai continuar,
se vai proceder,
mas eu continuo dormindo...

Pra sonhar com o que vem por ai,
e que eu, por ventura,
não sei.

[Marinella Quinzeiro]

quarta-feira, 7 de setembro de 2011



Sabe o que é desespero?

Sabe o que é desespero?
O que é o desespero?
Você sabe?

Não é sair gritando,
esperneando,
chorando...

Não é espetáculo,
nem nada que se amostre,
não, não é!

Desespero mesmo,
é sentir pra si,
e deixar assim.

É querer entrar em choque,
e ter a consciência,
que isso não é possível.

É querer cair no abismo,
e ter forças pra não se jogar,
porque não se sabe como sair.

É lutar com tudo que há,
pra resistir,
e viver em aparente paz.

[Marinella Quinzeiro]

É tudo!

Pra falar a verdade...
nunca fui a mesma
desde que você partiu.

Porque,
na verdade,
tudo mudou quando você chegou.

Você lembra das cores daqueles dias,
dos aromas das flores,
da beleza de qualquer objeto ?

Lembra daquele frio na barriga,
do sorriso tímido,
e de tudo que nos unia?

Sinceramente,
eu não creio que tenhas esquecido,
porque nada disso se apaga.

Aquelas juras,
todas eram verdades,
todas eram puras.

E essas verdades
são mais fortes que qualquer empecilho,
que qualquer barreira.

Que viesse a distância,
a ilusão,
o medo.

Tudo
era nada
e nada era tudo.

Eu não vejo nada mais lindo,
nada se compara
a seu sorriso de primavera.

Ao primeiro poema,
aos primeiros sonhos,
aos primeiros vícios.

E eu não acredito
que isso não seja nada,
porque, na verdade, o nada é tudo!

[Marinella Quinzeiro]